Durante toda a escolaridade, a oralidade deve ser desenvolvida mesmo em situações em que não está ao serviço da leitura e da escrita. Por isso, é tarefa da escola trabalhar, permanentemente, a oralidade em todas as classes, através da apresentação de situações reais que o aluno poderá enfrentar na vida, de modo a mostrar os diferentes níveis de língua que cada contexto comunicativo vai exigir. Com esta prática, pretende-se que o aluno desenvolva habilidades crescentes de saber ouvir e falar de forma mais segura e com adequação ao contexto, perante os seus colegas da turma, na sala de aula e, posteriormente, na sociedade em geral.
A aprendizagem da língua oral e a sua prática exigem que os objectivos, as estratégias e as actividades esboçadas para a etapa inicial da oralidade sirvam como bases para as etapas seguintes. Deste modo, o professor pode planificar e orientar a realização de actividades de:
A Exposição oral/ seminário é uma comunicação oral em que um expositor desenvolve um conteúdo de forma bem estruturada perante um auditório. Entretanto, quando se trata de uma actividade do grupo, a concepção, a planificação, a recolha e a selecção de informação sobre o tema devem envolver a interacção e participação activa de todos os seus elementos.
Esta técnica promove a capacidade de organização e apresentação de ideias, e contribui para o desenvolvimento da expressividade, articulação das palavras, dicção, entre outros.
Para que a exposição oral seja bem sucedida é necessário que o expositor, para além de ter o domínio do conteúdo, use de forma adequada os recursos verbais e não verbais da linguagem.
A exposição oral deve estar organizada em três momentos, a saber:
1.º Introdução - o momento em que se faz a apresentação do tema, dando a conhecer ao auditório todos os elementos necessários para a sua compreensão.
2.º Desenvolvimento - onde se expõem e descrevem os factos; demonstram e defendem as ideias principais.
3.º Conclusão – é a parte da exposição em que ocorre a sistematização dos factos apresentados ao longo do texto.
Ao se usar esta técnica na aprendizagem de um determinado tema, deve-se garantir a interacção e a participação activa de toda a turma.
Nota: Os passos a seguir numa exposição constam do Manual de Língua Portuguesa, pelo que se recomenda a sua consulta.
Nota: Os passos a seguir numa exposição e no debate constam do Manual de Língua Portuguesa ( Módulo VI), pelo que se recomenda a sua consulta.
Esta actividade pode culminar com a marcação de TPC que consistirá na ilustração de uma parte do texto representado, à escolha de cada aluno.
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O vídeo a seguir, exemplifica uma atividade de Telejornal.
O debate é um acto de comunicação em que duas ou mais pessoas intervêm na discussão de um tema que suscita diferentes pontos de vista onde os intervenientes apresentam seus argumentos, com a intenção de convencer os outros.
Este acto de fala tem um carácter argumentativo e pode ser dirigido por uma pessoa que, assumindo o papel de moderador, orienta a discussão garantindo que todos os interlocutores tenham oportunidade de discutir e apresentar argumentos sobre o tema em debate.
Esta actividade pode culminar com a marcação de TPC que consistirá na ilustração de uma parte do texto representado, à escolha de cada aluno.
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Reflita sobre o uso de celular em sala de aula. Vilão ou aliado? Esse é o questionamento do vídeo. Qual a sua opnião?
O júri simulado é uma estratégia de ensino-aprendizagem que consiste na simulação de um julgamento num tribunal, ou seja, colocar os alunos a debater diversos temas, geralmente, polémicos ou que dividem opiniões, por exemplo: casamentos prematuros, violência doméstica, gravidezes precoces, legalização da venda de álcool nas escolas, etc.
O júri simulado proporciona um maior envolvimento e participação dos alunos na sala de aula, pois desafia-os a inúmeras acções, tais como: a defesa de ideias, o poder de argumentação, a tomada de decisão, o julgamento, o respeito à opinião dos outros, etc.
É uma estratégia que, inicialmente, exige muito trabalho, tanto por parte dos alunos, quanto do professor, mas muito proveitosa e contribui significativamente para a interacção efectiva em todas as esferas sociais.
Geralmente, o júri simulado é constituído por três grupos: dois grupos com o mesmo número de pessoas (acusação e defesa), que formula as acusações e defende o réu, respectivamente, e um grupo responsável pelo veredicto (membros do júri - com um número menor de componentes, entre três e seis alunos).
O processo começa com a apresentação do tema, seguida da preparação dos alunos e socialização das informações no grupo para defender as posições assumidas com argumentos convincentes. Depois, um dos grupos apresenta o seu ponto de vista inicial, defendendo-o à medida em que vão surgindo contestações ou réplicas. O juiz, o coordenador da actividade ou o professor, também podem lançar perguntas que motivem mais o debate. Por fim, cada grupo apresenta as considerações finais.
O júri reúne-se para socializar as suas notas feitas ao longo da actividade e decreta o veredicto final.
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Actividade 11 |
Tendo em conta que o aborto em Moçambique não é legal, em grupos de cinco formandos, organize um júri simulado para analisar e deliberar sobre o caso que a seguir se apresenta.
O Tenday e a Khensani eram dois jovens namorados, ambos tinham apenas 15 anos de idade, estudantes da 10ª classe, na Escola Secundária Mutapa. Nos meados do 2º trimestre, descobriu-se que a Khensani estava grávida do Tenday. Para esconder o assunto aos seus progenitores e evitar que a menina desistisse dos estudos, por não se sentir confortável na escola, resolveram fazer o aborto.
Pelo facto de o aborto não ser ainda legal em Moçambique, eles recorreram ao uso de algumas plantas medicinais de que já tinham ouvido falar. Este procedimento resultou na morte da Khensani.
Nota: O conteúdo deste vídeo contém o mesmo conteúdo do texto do Manual