Antes de iniciar com a reflexão teórica e prática sobre a planificação didáctica, vamos realizar a actividade que nos é proposta a seguir.
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Actividade 1: Auto-avaliação |
Técnica didáctica | Actividade independente. |
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Conteúdo | Exercícios de aplicação. |
Habilidades a desenvolver no(a) formando(a): |
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Texto |
A Alice tinha um gato de estimação. Ela não se desgrudava dele em nenhum momento e sempre partilhava com ele todos os seus desejos. Certo dia, a Alice conversou com o seu amigo gato.
Alice – Ó, gato, tu poderias dizer-me, por favor, qual é o caminho que devo seguir a partir daqui?
Gato – Amiga, isso depende, em grande parte, do lugar para onde você quer ir.
Alice – A mim não importa muito para onde.
Gato – Então, amiga, não faz nenhuma diferença qualquer caminho que você escolha.
[Adaptado de S. Patel, 2012]
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Exercícios de Aplicação |
No Manual de Psicopedagogia, aprendeu muito sobre planificação e sua importância para o processo de ensino-aprendizagem. Reserva-se aqui uma breve actualização sobre a planificação, principalmente no contexto de mediação e práticas de ensino e aprendizagem de línguas.
De uma forma geral, a planificação é um desenho ou síntese global e antecipatória do processo unitário de instrução, ou seja, do que o professor e o aluno vão realizar na sala de aula. É uma actividade que consiste em definir e sequenciar os objectivos do ensino e da aprendizagem dos alunos, determinar processos para avaliar se estes objectivos foram bem conseguidos, prever algumas estratégias de ensino/aprendizagem e seleccionar recursos/materiais auxiliares.
Plano exemplificativo sobre leitura e interpretação em Citshwa
Nestes termos, pode-se acrescentar que planificar é sistematizar todas as actividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem.
No contexto de ensino de línguas, em particular da língua primeira, ao planificar suas aulas, o professor deve ter em conta o conhecimento prévio que o aprendente tem, partindo do pressuposto de que a língua é, essencialmente, uma pertença social e política, varia geograficamente e em função do contacto que ela estabelece com outras línguas. Estudos sobre os factores de aprendizagem de línguas mostram a influência do meio social, da motivação e do interesse na assimilação cognitiva de conteúdos escolares por parte do aluno. Estes factores são de grande importância na e para a planificação de aulas de línguas, notavelmente em contextos multilingues, como é característico de Moçambique.
Como acabou de ver, a planificação, no seu geral, e no contexto de educação, em particular, é extremamente importante. Ela permite prever conteúdos, objectivos, métodos, estratégias, tempo e meios de ensino-aprendizagem que facilitam a preparação de tarefas por realizar. Permite, ainda, actualizar os conteúdos; evitar improvisos; contribuir para a realização dos objectivos previstos; tornar a aprendizagem eficiente e garantir maior segurança do professor durante a aula.
Como já se pode ter apercebido, para abordarmos um determinado tema, iniciamos com uma pequena reflexão em forma de actividade. Desta vez temos algumas perguntas para reflexão em grupo e que serão partilhadas com a turma.
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Actividade 2 |
Técnica didáctica | Interacção por meio de Conversa de Giz. |
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Conteúdo | Como ensinar línguas. |
Habilidades a desenvolver no(a) formando(a): |
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Todos os membros do grupo tiveram oportunidade de escrever o que pensam sobre se todo e qualquer professor pode ensinar línguas? Conseguiram manter os níveis de motivação e participação activa, entre formandas e formandos, até ao fim da actividade? Conseguiram manter a regra geral de conversa de giz? Se sim, atingiram completamente os objectivos.
Depois de realizada a actividade que resultou em síntese, confronte os resultados da reflexão feita com o que se diz a seguir sobre princípios gerais de didáctica de Línguas.
Para ensinar uma língua, não basta apenas conhecê-la, é necessário ter subsídios teóricos e práticos sobre como ensinar. Em contextos multilinguísticos como é o nosso caso, ensinar uma língua requer mais destreza para fazer face aos desafios e oportunidades que a diversidade linguística oferece.
Em termos teóricos e práticos, existem muitas propostas sobre como ensinar uma língua, desde as denominadas tradicionais às inovadoras. Aqui se apresentam algumas delas, procurando ajustá-las ao contexto de ensino de língua primeira, particularmente para as línguas moçambicanas.
Nota: O conteúdo deste vídeo contém o mesmo conteúdo do texto do Manual